A “História do usuário” é o pontapé inicial que seu projeto precisa e que ajuda a definir os detalhes sobre as necessidades de quem vai usar um produto ou serviço.
Uma boa User Story é uma descrição simples, clara e concisa que cabe em um pequeno cartão e não é tudo o que você precisa para dar andamento ao desenvolvimento, mas é o primeiro passo e o lembrete do que é necessário, devendo ser seguido de diversas etapas e conversas entre o Product Owner, os membros do time e, claro, os usuários.
Já deu para entender um pouco sobre a importância de ter seu desenvolvimento focado nas necessidades reais e práticas do usuário, baseado em User Stories, mas o que isso implica na prática?
Ao adicionar essa etapa em seus processos você pode observar algumas vantagens:
As histórias de usuários seguem basicamente 3 aspectos ou “3 C’s”:
É a descrição propriamente dita da necessidade do usuário, normalmente responde às perguntas:
São literalmente as conversas nas quais são discutidos os detalhes da solução de negócios, tal qual geram a compreensão do que é realmente necessário como funcionalidade. Normalmente acontecem entre o Product Owner, membros do time de Desenvolvimento e outras pessoas de negócio.
São os Critérios e Testes de Aceitação que documentam os detalhes da User Story e estabelecem como as funcionalidades devem se comportar quando implementadas. Os Critérios de aceitação devem ser pequenos, assim como de fácil entendimento e são utilizados para determinar quando uma entrega está pronta, ajudando o Product Owner a determinar para o Time de Desenvolvimento o que ele precisa para que as funcionalidades propiciem valor. A partir desses Critérios, o Time de Desenvolvimento gera os Testes de Aceitação.
Bill Wake, autor do livro “Extreme Programming Explored”, definiu algumas características para a criação de boas histórias do usuário com a criação do acrônimo INVEST:
Independent (independente): ao criar várias User Stories, é ideal que elas sejam o mais independentes possível e não dependam uma da outra.
Negociable (negociável e negociada): as histórias não são imutáveis! O que importa é sua essência, os detalhes devem ser definidos nas conversas (3 C’s mencionados anteriormente).
Valuable (valiosa): o mais importante é a entrega de valor para o cliente. Mesmo as menores User Stories devem representar funcionalidades.
Estimable (estimável): devem haver detalhes técnicos e de negócios devem possuir detalhes suficientes para transformar a User Story em uma parte do produto.
Small (pequena): pequenas histórias têm maior precisão nas estimativas.
Testable (testável): é necessário que se possa verificar e confirmar que a User Story está pronta e está funcionando! Os testes possibilitam a “Confirmação” dos “3 C’s”.
Falamos bastante sobre a importância de criar histórias resumidas, mas em sua origem elas podem ser grandes, para depois serem divididas em pequenas histórias a serem estimadas individualmente. Entenda melhor:
Épicos: são as User Stories muito grandes ou sem detalhes suficientes que permitam seu desenvolvimento individual. É basicamente uma história de escopo aberto que dará origem a uma carga maior de desenvolvimento ou que irá se subdividir com a criação de diversas User Stories.
Tema: quando são criadas várias histórias relacionadas, as mesmas podem ser agrupadas em “Temas”. Elas podem ter origem no mesmo Épico ou ter a mesma meta de negócio, por exemplo.
O desenvolvimento das histórias se dá antes do início do projeto e conta com a participação de todos da equipe, com o objetivo de criar um Backlog do produto que descreva a funcionalidades a serem adicionadas ao longo do ciclo. Durante todo o processo novas histórias podem ser escritas e adicionadas a qualquer momento e por qualquer pessoa, sempre levando em consideração as características INVEST.
Na teoria seu time não é obrigado a desenvolver User Stories, mas a importância do design centrado no usuário e seu impacto positivo nos negócios (LINKAR COM O TEXTO) reforça a necessidade dessa etapa em seu planejamento.
“Não há nada tão inútil do que fazer com grande eficiência, aquilo que não deveria ser feito.” Peter Drucker
Levando em conta o User Experience, não podemos deixar de considerar essa frase e o conceito de eliminação de desperdício do Lean, que guiam para a entrega de resultados, ao invés de funcionalidades.
A criação de User Stories ajuda a definir o desejo do usuário final e aumenta a assertividade do trabalho de toda equipe.
As etapas para criar um produto centrado no usuário são inúmeras e devem ser sempre avaliadas caso a caso, mas as User Stories são de extrema importância para dar o Start no planejamento e definir as metas desejadas. Além disso, as histórias servem também como uma forma de documentar processos e registrar as atividades desenvolvidas, servindo como referência para novos desenvolvimentos.
Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Mande sua pergunta pra gente! Vamos adorar te ajudar!